Estaria a empatia presente em nossa vida?

Hoje é o dia Mundial de luta contra a AIDS, luta sim! Luta contra o vírus e contra a imbecilidade que gira em torno dele. Recentemente o ator Charlie Sheen esteve envolvido num novo escândalo: ele tem o HIV e isso virou motivo para chacota do “mundo hétero” contra o “mundo gay”, e vice-versa. Ele é uma pessoa que não me agrada, tem atitudes grosserias e o seu trabalho como ator não me interessa. Para mim, essa polêmica foi de péssimo gosto e, a partir dela, eu poderia falar da postura horrível do ator enquanto pessoa, mas optei por falar de uma coisa que me deixou muito nervosa e rendeu esse post no facebook:


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Não lembro de, nos textos bíblicos referentes à Jesus, Ele menosprezar às pessoas por causa de suas mazelas, doenças ou condição social - não sei de onde vem esse dedo em riste dos cristãos para com o mundo. Após toda essa polêmica entre o ator ter AIDS e todos os comentários ofensivos contra os portadores do vírus, voltei a ler os textos nos quais Jesus cura a lepra. Há o famoso texto dos dez leprosos, mas gostaria de recorrer à passagem de Lucas, quanto a cura de um leproso:
Lucas 5,12-13
Estando Jesus numa das cidades, passou um homem coberto de lepra. Quando viu Jesus, prostrou-se com o rosto em terra e rogou-lhe: "Se quiseres, podes purificar-me".
Jesus estendeu a mão e tocou nele, dizendo: "Quero. Seja purificado!" E imediatamente a lepra o deixou.
Devemos ser amáveis com as pessoas, ajudá-las. Jesus fazia isso, nós devemos fazer. Ser amável significa não reforçar estereótipos que excluem as pessoas. Ao curar os leprosos, Jesus dizia ao mundo: "em mim todos têm lugar". Mas os nossos comentários nas redes sociais, e na vida, não mostram a empatia entre nós. Infelizmente.
Hoje sabemos que o HIV tem tratamento e que esse vírus só é transmitido por relações sexuais, contato com fluidos corporais e compartilhamento de materiais infectantes (agulhas, por exemplo). A nossa postura preconceituosa quanto a esse vírus só afasta as pessoas de nós e da igreja, além de atrapalhar a veiculação de informações verdadeiras a respeito do vírus.                                  
Esse post não é respeito de conduta sexual. Nós cristãos temos a nossa fé e a bíblia que guia a nossa conduta de vida, inclusive a sexual. Fazemos sexo dentro do casamento, apenas. Mas temos que entender que a AIDS não é um termômetro da vida promíscua dos outros - como muitos cristãos tratam. Aids é uma questão de saúde pública e é justo que a tratemos como tal.
Quando embarcarmos em polêmicas, como a do ator Sheen, destilando nosso ódio a quem “não segue uma conduta moral”, não somos como Jesus. Jesus não destilava ódio, ele acolhia. Jesus não erguia o dedo para apontar os pecados das pessoas, mas penas dizia “vá e não peques mais”.
O que temos que entender é que há uma diferença enorme entre falar de Jesus (e, por consequência, da conduta de vida cristã) e incitar o ódio social, o que infelizmente muitos cristãos têm feito. Veja o site do Ministério de Saúde quanto às DSTs aqui.

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