Misericórdia e Juízo



Esse post, que publiquei em meu Facebook, tem mais ou menos um ano e continuo pensando a mesma coisa. Existem vários textos e situações bíblicas, principalmente depois do nascimento e morte de Cristo, que falam sobre amor e compaixão. As cartas de I, II e III a João falam muito de amor e de pecado. O pecado sempre está relacionado a não amar. Não adianta de nada ser o santarrão e não amar, aos olhos de Deus, isso  é ruim. Muito ruim.
Esse meu post se refere à vigilância diária que devemos ter em relação às nossas atitudes  e ao arrependimento necessário para uma vida Cristã. Fala, também, de amor ao próximo. O que tem acontecido é que as pessoas tem vigiado o próximo  e amado, apenas, a si mesmas. Essa inversão causa muito problemas, dentre os quais:


  1. A desvalorização dos problemas do próximo. Tudo que acontece com o outro é por causa do seu pecado, falta de merecimento e etc. Nunca porque a sociedade é desigual; nunca porque o outro tem dificuldades; nunca porque o outro está passando por tribulação. Gosto muito de uma  música da Nina Simone chamada “Ain’t got no, I got life”, na qual ela diz: "eu tenho Dores de cabeça, dores de dente e maus momentos como você”. Na verdade, só vemos humanidade em nós e desumanizamos o sofrimento do outro.






  1. Uma falsa métrica de certo. A métrica passa a ser o que nos agrada, pois nós somos muito certos e  os outros muito errados. Segundo o apóstolo Tiago, o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo. Não preciso dizer mais nada, né?


  1. Nossos erros são encobertos, pois quando aponto o próximo, não vejo a mim mesmo. Logo, fica difícil pensar como o Apóstolo Paulo, em Romanos 7: Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo, uma vez que estamos ocupados demais vendo o mal que os outros fazem!


  1. E, o pior de todos, ao invés de ser Jesus quem transforma as pessoas, é a nossa arrogência que reprime e, muitas vezes, atrapalha um real encontro das pessoas com Cristo.


Como conclusão, deixo as palavras do Salvador:

João 12,47 Se alguém ouvir as minhas palavras e não obedecer a elas, Eu não o julgo; porque Eu não vim para julgar o mundo, mas sim, para salvá-lo.

Comentários

  1. Seria tão maravilhoso se as pessoas colocassem logo na cabeça que ninguém tem o direito de julgar o próximo. Confesso que até pouco tempo eu mesma torcia o nariz para aquelas pessoas que considerava "erradas". Porém com o tempo aprendi que apontar pecados é pecar. E graças a Deus isso aconteceu, pois hoje vejo o quão triste e injusto é sair julgando os outros.

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