Representatividade na Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
Essa semana houve a 14ª Reunião Extraordinária da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil, trata-se da instância maior de decisão de nossa igreja - que é composta de forma democrática, pois cada Presbitério envia os seus representantes para a reunião da assembleia. Dessa forma, a representatividade das diversas regiões brasileiras é garantida. Nessa reunião, houve a presença de 205 delegados, que votam e discutem os rumos de nossa amada igreja.
Temos que considerar que a IPIB tem uma trajetória corajosa e inclusiva no que tange ao ministério feminino, ordenamos presbíteras e pastoras, garantindo que as mulheres estejam nas esferas administrativas e, também, na liderança espiritual da nossa igreja. Não há o que discutir, a mão de obra das mulheres é essencial para o funcionamento de nossa igreja.
As mulheres, hoje (e desde sempre), levam a maioria dos trabalhos da base social da igreja, quais sejam: as ações sociais e diaconais; as lideranças das reuniões e ministérios de oração; dos departamentos infantis; do cuidado dos templos; dentre outros. Sim, as mulheres estão presentes de maneira maciça e fundamental no dia a dia da atividade evangelística e confessional das nossas congregações.
Agradeço a Deus pela oportunidade que nós, mulheres, temos em contribuir com o direcionamento administrativo e espiritual de nossa Igreja. Contudo, gostaria de chamar as amadas irmãs e os amados irmãos à reflexão: dos 205 delegados dessa Reunião da Assembleia, apenas 9 são mulheres (duas pastoras e sete presbíteras). Pensemos, essa representatividade na instância maior de decisão da nossa igreja reflete a realidade de nossas comunidades? Porque será que os presbitérios, em sua grande maioria, enviam apenas homens para essas reuniões? Será que nossas mulheres não têm com o que contribuir para a discussão e para as decisões da Assembleia Geral? Será que não falta a presença das mulheres, e das questões que elas enfrentam no dia a dia em suas funções eclesiais, nos debates e pautas dessas reuniões?
Temos que pensar o quanto a Assembleia Geral tem realmente representado a realidade das nossas igrejas, as decisões não devem estar descoladas das realidades locais, pelo contrário, para mim, a representação feminina é fundamental para entendermos os desafios das igrejas locais.
Na paz de Cristo!
Simony dos Anjos
Membro da IPIB
Histórico das mais importantes decisões referentes ao ministério feminino na IPIB
1934: Ordenação da primeira diaconisa Albina Pires de Campos
1972: Confederação Nacional de Senhoras pede ao Supremo Concílio a ordenação de mulheres ao presbiterato.
1984:Mulheres da IPI, através da "Carta Aberta", pedem o reconhecimento oficial do ministério feminino
1987: A Reverendada Sherron Kay George, missionária da Igreja Presbiteriana (USA), é a primeira pastora a trabalhar oficialmente com a IPI.
1991: Criação do Grupo de Reflexão sobre o ministério feminino
1999: Mudança no artigo 33 da constituição da IPIB, incluindo as mulheres no exercício do ministério ordenado do presbiterato e pastorado.
Parabéns Simony pela boa percepção e coragem de chamar a atenção de todas!!! De fato, as mulheres precisam estar em todas as instâncias do poder, no nosso caso do poder religioso. Chamo a atenção, também, para que as Assembleias sejam mesmo espaços democráticos precisam ser plural, como plural é nossa Igreja e plural é o Brasil. Precisa abrir-se para o diferente, senão estaremos fadados a sempre repetir mais do mesmo. Precisamso acolher aquela alteridade que nos incomoda e que nos faz sair da zona de conforto. Bem, isso é uma longa discussão....Prosseguiremos a seu tempo. Abraços
ResponderExcluirRevda. Cleusa Caldeira
Obrigada, Reverenda. Que sigamos com os olhos no Reino e pelo desejo de justiça Social aqui na Terra!
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